quinta-feira, 12 de novembro de 2009

1º show dos Titãs

Eu gostaria que fosse assim: acordar tarde, me arrumar e viajar de carro para a cidade na qual havia o show. Chegando lá, jantar uma comida boa e ir para o local do show. Curtir o show e pegar um autógrafo no fim. Quem sabe até ganhar algo deles ou que tivessem usado durante o show.

Mas foi assim: acordei cedo pra burro (seis e quinze) fui para UEL trabalhar, voltei para casa as oito da manhã, arrumei a mala, um monte de roupas molhadas por que só caia água do céu há alguns dias, passei roupas e queimei a mão no ferro de passar, depois sujei uma blusa com o ferro e tive que lavar a blusa e aumentar a quantidade de roupas molhadas que ia levar. Almocei miojo, saimos de casa cheia de malas pesadas e tomamos toda a chuva que São Pedro mandou (prefiro ter um filho viado que um filho São Pedro) até entrar dentro da circular, por que óbivio que iria parar de chover quando não precisassemos mais andar dezexsseti kilometros. Resultado: ficamos molhadas e embarreadas, e além disso, apesar de não perder a circular 307 (milagre!) perdemos o ônibus para Jandaia. Foi quando percebemos que não tinhamos dinheiro para ir de metropolitana (como eu odeio o que as mães dizem sobre ser prevenido). Resolvido o problema do R$ em quinze minutos, fomos para Rolândia de metropolitana, e mendigamos por lá. Eu já disse que neste mundo somos todos iguais, e as pessoas não precisam ser maltratadas só porque estão todas sujas, descabeladas, cheias de malas e tomando refrigerante num saquinho? Também não tinha ônibus e atrasamos toda a viagem em uma hora com a chantagem de não dar tempo de tomar banho antes do show. Enfim, chegamos em Jandaia onde foi verificado realmente por nossos queridos parentes a necessidade do banho antes do show. A frase foi: MELDELS, O QUE HOUVE? XD
Em Cianorte, meia hora depois da chegada estavamos prontas (e nós que atrasamos toda a viagem), esperamos por mais de uma hora. Maldita chapinha! =P

A caminho do show, mais de uma hora na fila para entrar e dá-lhe chuva para entrar, antes de chegar e em área não coberta. E São Pedro acha que a gente nasce pronta pra festa mesmo? Na área VIP, um mané na minha frente que acha que todo o espaço do mundo é só para ele, pisando no meu pé de cinco em cinco minutos. Empurrei, virou para trás mostrou a língua e o dedo pra mim. Tenho sexti anos ainda por acaso? Desprezo! =o

O show foi tudo de melhor que imaginei.

Por isso, valeu a pena tudo que passamos.

E aqui, as fotas:


Obrigada galera! E se alguém tiver a oportunidade, eu digo que vá!
beijosonatalestachegandoeolarjaestaenfeitado =*

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

post comemorativo :D

"Aposto que não vai durar mais que oito meses"
Não queria tornar este blog pessoal, cheio de lengas-lengas, para que não pudessem (vocês leitores), descobrir quem escreve a bagaça. Mas este post pede um pouco mais de minha vidinha e de relatos até então escondidos.
Bom, iniciemos pela frase do começo (ah vá!). Esta frase foi dita, meus nobres amigos, por meu pai, no início da minha união com a prima. E que fique claro: com a prima JUCIELLEN (vide foto ao lado).

Agora a beira do início das comemorações de aniversário de um ano (tudo desculpa pra festar!), acredito que agora sim nos conhecemos. E agora sim nos amamos! Okay, isso foi lésbico. E manifesto meu interesse hetero aqui pra ficar bem claro.
Nada pior que a invasão da privacidade, do estar todos os dias ao lado, o dividir um espaço mini pra saber como as pessoas são. Não é fácil. Não nós damos bem por que somos primas. Mas porque temos uma relação sólida, feita de sanduíche e sobremesa :D
Na verdade, todo mundo deve pensar que nós conhecemos a tempos né? Pois bem, a história de nossas vidas consiste: aos sexti anos trocavamos cartas após sermos alfabetizadas e aprendermos a colar adesivo na frente/verso da carta. Nesta época iniciavamos nossas conversas sempre por "Patrocínio, 23 de dezembro de 1996" >eu e "Marumbi, 26 de dezembro de 1996" >ela. Depois progredimos para perguntas de "como vai a família" ou "vocês vem pra cá no fim do ano" ou ainda "a vó ana disse que vocês viriam para cá no fim do ano". Assim, crescemos.. até que um dia (um tempo depois de nos conhecermos pessoalmente, quando tinhamos no máximo onze anos) a escrita evoluiu e precisamos de uma codificação para relatar os nossos possíveis/não realizáveis relacionamentos. Como ambas não tem o dom da organização, uma vez de cada uma de perder estes códigos. Assim, passaram-se oito longos anos de imensas e invejáveis cartas de 12 páginas.. muitas árvores se foram e muitas psicológias passaram. Época de faculdade a coisa foi mais avançada, muitos históricos de msn, recados no orkut e e-mails. Eu estava sempre ali, pronta pra babar no teclado enquanto escova os dentes e conversava com a web cam ligada com a prima. Altas madrugadas (e isto não é música sertaneja!). Neste intervalo algumas viagens de férias foram nosso conforto. Foi quando mudei-em para Londrina e a coisa progrediu. Um ano depois estavamos casadas, tá difífil! #zildoterçainsana

E assim, aqui vão algumas de nossas viagens:

Aqui estamos até hoje, fazendo um ano. Aprendemos muito juntas, e hoje sabemos como é engraçado rir das próprias desgraças e fazerem elas virarem nossas piadinhas pra sempre e algumas que só nós mesmas entendemos. Aprendemos não só rindo, por que não fazemos só isso como a vó ana acha que é. Aprendemos chorando, por que descobri que tenho o melhor ombro que segura minhas lágrimas ao meu lado. Aprendemos dançando, por que curtir Terra Celta é de dar calo nos pés. Aprendemos discutindo política, educação, religião e família até as cinco da manhã ou no praça bebendo até deitar no banco da igreja. Aprendemos nos ferrando fazendo trabalhos para a pós graduação da UEL por toda a madrugada. Aprendemos partilhando nossos outros relacionamentos. Aprendemos esperando para comer, para dormir, para conversar. Aprendemos que cada uma de nós pode ter a palavra mais doce, o abraço mais caloroso e a risada mais eufórica de um momento ruim. Aprendemos a respeitar os momentos tensos da vida e se puder, descontrair. Aprendemos que pequenos gestos demonstram mais amor que palavras. Aprendemos a ser criativas juntas. A gastar dinheiro, a economizar, a cozinhar e comprar pronto, a passear, a planejar viagens, a curtir baladinhas culturais. Aprendemos então, e só então, aprendemos a nos amar.

E isso sim é amizade: amor, união, lealdade e parceria!

Mesmo que a família não queira, a nossa amizade é sim, e digo sim (yes, man!) eterna!

Te amo prima!